Code Geass - Hangyaku no Ruruushu: Um dos animes mais populares que se tem notícia. A história se passa em torno de um jovem chamado Lelouch Lamperouge, que perdeu sua mãe num atentado terrorista. Isso se deveu ao fato do Japão ter sido dominado pelo chamado Império da Britannia. Ele recomeça a sua vida indo para a Área 11, junto com outros japoneses, e lá ele conhece uma garota chamada C.C, que lhe dá um poder estranho chamado Geass, capaz de fazer qualquer humano obedecer suas ordens. Nisso, a história traz diversos pensamentos filosóficos, sobre o que é a paz e o que é a justiça. Esse anime contém, além de um drama muito envolvente, uma lição de moral bem valiosa.
Elfen Lied: Um anime que não é de terror, mas que tem um ambiente tenebroso, e também sangrento. A história trata-se, primeiramente, de uma evolução dos seres humanos, os Diclonius. Possuem várias características físicas, além da telecinese e de estruturas físicas estranhas, como os vetores, que funcionam como vários braços. São extremamente fortes, e por isso sofrem preconceito dos humanos, por causa de sua potencialidade, e quando não, desejam usá-los para pesquisas ou exterminá-los. Com isso, os Diclonius pretendem eliminar a raça humana por causa dos maus tratos que os humanos vem lhes causando. Uma Diclonius chamada Lucy foge de um centro de pesquisas e é atirada no mar. Assim, o laboratório de pesquisas manda vários assassinos em busca atrás dela, assim como outras Diclonius. O anime, tanto como o mangá, chega até a ser um pouco perturbador, por causa das cenas violentas, mas não tira seu mérito, já que o propósito dele é chocar.
Os Cavaleiros do Zodíaco: Não há um otaku que nunca ouviu falar desse anime ou do mangá. Um jovem órfão chamado Seiya deve ir até o Santuário da Grécia para obter a Armadura de bronze de Pégaso para se tornar um cavaleiro de Atena. Uma energia espiritual denominada Cosmos despertou no garoto no momento em que vestiu a armadura. Assim, volta ao Japão para reencontrar sua irmã mais velha, mas não a encontra. Uma garota chamada Saori convida-o para participar de uma batalha galática com outros cavaleiros, com a promessa de que ele iria encontrar sua irmã. A partir daí, começa a verdadeira história. Atena, a Deusa, é atingida por uma flecha, e a missão de Seiya e mais três cavaleiros é a de salvá-la, mas antes devem passar pelas doze casas do zodíaco e matar os cavaleiros de ouro. O anime ensina os valores da amizade, principalmente.
Captain Tsubasa: Esse é para aqueles que gostam de futebol. Não tem uma história muito complexa, é apenas futebol. Cada personagem tem uma técnica especial para jogar, seja de ataque, passe ou defesa. O protagonista Oliver Tsubasa, por exemplo, tem o Pontapé Trivela (na dublagem brasileira). Muitos personagens são baseados em jogadores de futebol da vida real, como o Zedane que é baseado no francês Zidane, Trezega baseado no David Trezeguet, Rivaul baseado no Rivaldo...
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
sábado, 8 de fevereiro de 2014
A Vida no Japão
Bem, esse post só foi possível graças à uma extensa pesquisa. Vou falar da vida no Japão. De uma forma indireta, claro, pois eu nunca pisei em solo japonês... Ainda. Não pretendo morar no país, mas sim visitá-lo.
Primeira coisa que você precisa saber antes de continuar: deixe de lado os animes. Sim, tem muito fã de anime e mangá no Japão, mas falo isso porque se você quiser ir para lá SÓ por causa disso, então você vai se dar mal. Segundo, pesquise muito antes de fazer as malas. Um país diferente, de cultura e costumes diferentes no mínimo precisa ser estudado. E terceiro, se você não tem descendência japonesa, não é casado com um descendente de japonês, ou não tem parentes lá, esqueça, você não poderá morar lá permanentemente, embora possa por um pouco tempo com um trabalho temporário (lá chamado de arubaito) se você tiver mais de dezesseis anos, com autorização do Departamento de Imigração. Agora, continuemos.
A maioridade penal no Japão é de 21 anos. Isso significa que você só vai poder beber, fumar e dirigir a partir dessa idade. À respeito da criminalidade, o indivíduo pode ser julgado a partir dos 14 anos. Por falar em dirigir, carteiras de habilitação brasileiras não têm validade lá, seja para carros ou motos. O que deve ser feito é um teste em escrito (que está disponível em português), e é lógico que se você não tiver, você tem que tirar a japonesa, cujos testes em escrito estão na língua japonesa. Quando você estiver dirigindo, dê preferência ao pedestre. Não dirija em alta velocidade, pois isso pode oferecer riscos às pessoas de fora.
Você pode tirar diferentes tipos de visto. Se o seu visto for só para lazer, por exemplo, não é permitido a você exercer atividade remunerada. Quando você entrar no Japão, tem até três meses para pedir um registro de estrangeiro na prefeitura da cidade onde irá residir, caso você queira de fato morar no país. A propósito, a prefeitura oferece apartamentos (bem pequenos, por sinal) para os residentes. Há conta de luz, água e telefone, é claro.
Planta de um apartamento japonês de baixo custo |
Você deve sempre carregar seu registro de estrangeiro ou passaporte, mesmo que você queira ir à padaria da esquina. Autoridades policiais sabem de longe se uma pessoa é nativa ou não, nem precisando conversar com ela. Se você não apresentar tais documentos quando pedidos, pode haver encrencas.
Dedique-se a aprender o japonês. Não que os nihonjin não saibam falar inglês, mas eles interpretam esse idioma do jeito deles. Até se você quiser trabalhar no McDonald's você precisa ter noção do japonês. A propósito, os lanches lá são um pouco diferentes, mas nada muito "nossa, isso parece de outro planeta".
Se você não tiver parentes no Japão ou não for casado, você ficará sozinho por um bom tempo. Infelizmente, alguns japoneses ainda são preconceituosos com brasileiros, achando que vão sujar a cidade e os costumes deles. O que não acontece tanto em cidades onde há vários brazucas morando, tipo Nagoya, Saitama e Shizuoka, mas que ainda sim tem uma pontinha.
Alguns brasileiros não gostaram da experiência de morar no Japão, simplesmente por não terem se acostumado. Há os que se acostumam, claro, mas é muito ruim, psicologicamente falando, ficar longe de casa por muito tempo. Você será uma pessoa diferente no que diz respeito aos hábitos. De início, você pode odiar, e depois amar, e depois odiar novamente. O Japão é um país muito legal e rico, mas não é perfeito. A mesma coisa com o Brasil. Há pessoas que querem voltar para lá mais e mais vezes, e pessoas que nunca mais querem voltar.
Para trabalhar no Japão, você precisa ser convidado ou contratado. Quando o contrato de trabalho acaba, você volta ao Brasil. Se você quiser trabalhar e estudar ao mesmo tempo, com um visto de estudante, o trabalho não pode exceder 30 horas semanais. Tal visto é válido por um ano, mas pode ser renovado por mais dois.
Se você quiser ter um animal de estimação, ele precisa ser registrado. Isso acontece pelo fato de o Japão ser um país formado por ilhas, e quando animais se juntam em ilhas podem se tornar uma "praga". Quando você compra um bichinho, ele vem com um certificado de responsabilidade e um chip implantado nele, com as informações do animal e do dono, para eventuais perdas. É possível ao dono pagar um seguro anual, pois caso ele dê problemas graves à terceiros, o seguro cobrirá os danos. Saiba que o espaço para animais em apartamento é muito pequeno, como você pode ver na planta acima.
Você usará mais trem e bicicleta do que carro. Para ir ao trabalho ou à escola, por exemplo. Carros são mais utilizados para ir de uma cidade a outra. Caso queira dirigir um carro, você deve renovar sua carteira de ano em ano. E caso você venha a cometer uma infração, o policial lhe chamará para conversar, dando uma lição de como se comportar bem no trânsito. Além disso, há dois tipos de adesivo que é obrigatório colocar no carro em caso de pessoa novata ou idosa.
O primeiro adesivo é para indicar que você é novato, inexperiente. O segundo é para mostrar que o motorista é idoso |
Fique atento às placas de carro: as amarelas são de carros populares e mais "compactos", as brancas são de carros maiores e mais caros. E estacionamentos também são caros, afinal o Japão é um país com vários lugares pequenos, e nesses, espaços são valiosos. Você não vai ficar livre dos pedágios, pois algumas rodovias são privatizadas, igual aqui no Brasil. E sempre, sempre dê preferência ao pedestre, mesmo se o sinal estiver vermelho para eles. A mão do volante é o modelo inglês (direita). Você é proibido de tentar ultrapassar outros carros na faixa da esquerda, apenas na da direita. Aqui no Brasil as mãos são contrárias, mas também é proibido (ou pelo menos deveria ser).
Moedas são muito utilizadas no Japão, até mais que as cédulas. O Yen tem a mesma importância, seja em moeda ou em cédula. Uma coisa interessante é que cada centavo conta. As lojas de R$1,99 daqui lá são chamadas de hiyaku en shoppu (100Y shopping), e se você por acaso comprar algo que falte míseros centavos, a caixa vai te dar o troco, nem que seja uma moeda de 1 Yen. Algumas lojas preferem que você faça os pagamentos à vista, não aceitando cartão de crédito (mas a maioria dos estabelecimentos aceitam). O sistema de débito por lá não existe, ou pelo menos é bem raro. Bancos fornecem um chip que deve ser colocado ao celular, e esse chip é lido por máquinas nas lojas. Uma boa alternativa quando não se tem um cartão de crédito. No Japão não há barganha. O preço dito é o preço pago. A não ser que o dono da loja queira perder dinheiro, e disso ninguém gosta.
Já que citei os celulares aí em cima, os estrangeiros devem saber de uma coisa: desbloqueio é crime. Isso mesmo. Celulares da companhia telefônica X só podem receber o chip X. Você não pode enviar SMS de um celular com operadora X para a Y, mas você pode mandar e-mails para números de operadora diferente. Entretanto, existe uma versão de Whatsapp, e isso é totalmente legal.
Ah! E é quase uma regra você visitar livrarias. Japoneses tem um hábito muito grande de leitura, por isso as bibliotecas costumam ser lotadas e livros vendem como água (isso inclui mangás). Você vê crianças lendo, adultos lendo, idosos lendo, seja na praça, no ônibus, no trem...
Uma loja especializada na venda de CD's, DVD's e livros |
Voltando ao assunto das casas, descontinuado lá em cima, existe dois tipos de apartamentos: apatos e manshons. O primeiro, de alto custo, é ideal para famílias grandes. O segundo, é para quem mora sozinho e tem um baixo custo. O de alto custo é muito espaçoso, e o segundo não tanto. Os pisos das casas mais novas são de azulejo mesmo, não de tatami. Um apartamentozinho igual a foto da planta lá em cima pode ter um aluguel de quase 30.000 Yen, o que corresponde a quase R$600 aqui no Brasil, mais ou menos. A cotação não é tão certa: ela funciona mais de Yen pra Dólar do que de Yen pra Real. Então, se você quiser um apartamento, você tem que se contentar com o que está disponível.
Bem, é só isso, acredito. Deve haver muito mais coisas, é lógico, mas se eu morasse de fato no Japão eu conseguiria falar mais coisas. Em suma: morar no Japão não é fácil, mas também não é difícil. Há preconceito de alguns japoneses, e aceitação de outros. Você vai ficar longe de casa por um bom tempo, então todo preparo psicológico é pouco. Dias passarão como anos. Mas pode ser uma experiência maravilhosa, assim como uma experiência não tão boa. Cabe a você tentar!
Uma última coisa: Se você não tiver certeza absoluta de que quer visitar ou morar no Japão, não se conformou com as coisas que descobriu por meio de pesquisas ou contatos que moram lá, ou simplesmente tem medo de ir para o país, aconselho que continue morando no Brasil. Não vale a pena largar algo que você está muito bem acostumado por algo que você não sabe como vai ser. Animes passam na TV sim, no horário da tarde para a noite, mas te garanto que assistir anime é algo que os estrangeiros menos farão na sua estadia na terra do Sol Nascente.
Curiosidades do Japão
O Japão é um país com uma cultura totalmente diferente da nossa, com festivais de dança, culinária, tradições e costumes únicos. Antes de irmos direto ao assunto do post, um pouco da história do país do sol nascente.
O país é composto por mais de seis mil ilhas, e entre as maiores temos Hokkaido e Shikoku. Essas ilhas, em sua maioria, são montanhosas. Vale citar o famoso Monte Fuji, que é a maior montanha não só da ilha de Honshu, mas de todo o Japão. A Região Metropolitana de Tóquio é composta de cerca de trinta milhões de habitantes, dos mais de cem milhões.
A bandeira do Japão é também conhecida como Niishoki (bandeira do sol) ou Hinomaru (disco solar). Ela representa o país como nenhuma outra bandeira poderia representar, e muitos associam a imagem da bandeira como patriotismo. Já foi queimada por chineses e coreanos em seus países, como em forma de protestar contra a política externa do país. Sua origem é um tanto quanto desconhecida, mas acredita-se que a bandeira surgiu no século VII d.C, onde as pessoas começavam a se referir ao país com "terra do sol nascente", referência existente até hoje.
Os japoneses referem-se ao país informalmente como Nihon, mas oficialmente como Nippon, embora os dois nomes tenham o mesmo significado (origem do sol), por referir-se a posição do país em relação a China. Chamam a si mesmos de nihonjin e seu idioma é o nihongo.
Bem, vamos às curiosidades:
1. Japoneses trabalham e estudam muito: segundo fontes de brasileiros que trabalham no Japão, a carga horária de trabalho lá vai de dez a doze horas diárias, e a de estudos (escola, faculdade) é de cinco a sete horas.
2. Kodokushi: É um termo que significa "morte solitária". Algumas pessoas trabalham tanto, e são tão pressionadas nesse ambiente, que não têm tempo de criar uma vida a dois, ou uma família, ou talvez nem ter contato com parentes mais. Essas pessoas geralmente cometem suicídio ou vivem sozinhas até a velhice.
3. Em hospitais, prédios de corporações e em outras construções importantes, oculta-se o número 4: Esse número se pronuncia "shi", e é o equivalente para morte. Japoneses tem uma superstição muito grande com isso, geralmente chamado de "tetrafobia", o medo do número quatro.
4. Há três formas de reverência no Japão: O primeiro, Eshaku, é cordial, até que informal, inclina-se uns 15º. A segunda, Keirei, é para saudar amigos e familiares, inclina-se uns 45º. A terceira, Saikeirei, é para saudar pessoas superiores, como o Imperador, inclina-se uns 75º.
5. É falta de educação abrir um presente na frente de quem lhe deu: É uma questão de formalidade japonesa. O presenteado deve abri-lo quando estiver em sua própria casa.
6. Não há muito contato físico entre eles em público: Até mesmo um casal de namorados japoneses não costuma se beijar em público - isso é muito raro. As pessoas não se cumprimentam com abraços ou beijos no rosto como em outros países. Apenas um aperto de mão é mais que suficiente.
7. Em qualquer colégio japonês é usado uniforme, e ele é pago: Além disso, os japoneses são obrigados a fazer o ensino elementar (equivalente ao nosso fundamental) e o ensino médio (que... é, é o mesmo nome), começando os estudos com 6 anos e geralmente terminando com 15. A partir daí, há o ensino superior, que é opcional. São ensinadas mais de dez matérias, desde a língua japonesa e artes até música e educação moral.
8. As fontes termais são separadas por idade e sexo: Alguns japoneses não vem nada de polêmico/estranho/errado em ver outra pessoa nua na frente deles, mas sempre tem um safadinho.
9. A criminalidade no Japão é baixa: Quando acontece um caso criminoso, ele costuma ser brutal, como um estupro, ou um assassinato. Roubo é muito raro.
10. Nunca coloque as mãos no bolso em uma conversa com um japonês: É como se uma pessoa estivesse tentando falar com você enquanto você mexe no celular. Isso não irrita? Pois é. Colocar as mãos no bolso também irrita um japonês. Mostra desinteresse.
11. Algumas strippers japonesas vão colocando as roupas ao invés de tirá-las conforme a música toca: É engraçado, não é? Parece que não são só textos que são interpretados de trás para frente lá no Japão.
12. Hikikomori: Os Hikikomori, geralmente jovens, são pessoas que se isolam completamente da sociedade. Seja pelo vício na internet, ou por sofrerem muito bullying (o que é algo comum entre os jovens japoneses). O governo do Japão considera isso um risco à saúde pública, pois são tão pressionados no ambiente de estudos ou de trabalho que criam depressão e problemas psicológicos. Em casos extremos, pessoas com mais de trinta anos ainda moram com os pais por não quererem desapego e não possuem experiência profissional alguma. E o que acontece quando os pais morrem? Acho que você já sabe.
Até a próxima!
O país é composto por mais de seis mil ilhas, e entre as maiores temos Hokkaido e Shikoku. Essas ilhas, em sua maioria, são montanhosas. Vale citar o famoso Monte Fuji, que é a maior montanha não só da ilha de Honshu, mas de todo o Japão. A Região Metropolitana de Tóquio é composta de cerca de trinta milhões de habitantes, dos mais de cem milhões.
Bandeira do Japão |
A bandeira do Japão é também conhecida como Niishoki (bandeira do sol) ou Hinomaru (disco solar). Ela representa o país como nenhuma outra bandeira poderia representar, e muitos associam a imagem da bandeira como patriotismo. Já foi queimada por chineses e coreanos em seus países, como em forma de protestar contra a política externa do país. Sua origem é um tanto quanto desconhecida, mas acredita-se que a bandeira surgiu no século VII d.C, onde as pessoas começavam a se referir ao país com "terra do sol nascente", referência existente até hoje.
Os japoneses referem-se ao país informalmente como Nihon, mas oficialmente como Nippon, embora os dois nomes tenham o mesmo significado (origem do sol), por referir-se a posição do país em relação a China. Chamam a si mesmos de nihonjin e seu idioma é o nihongo.
Bem, vamos às curiosidades:
1. Japoneses trabalham e estudam muito: segundo fontes de brasileiros que trabalham no Japão, a carga horária de trabalho lá vai de dez a doze horas diárias, e a de estudos (escola, faculdade) é de cinco a sete horas.
2. Kodokushi: É um termo que significa "morte solitária". Algumas pessoas trabalham tanto, e são tão pressionadas nesse ambiente, que não têm tempo de criar uma vida a dois, ou uma família, ou talvez nem ter contato com parentes mais. Essas pessoas geralmente cometem suicídio ou vivem sozinhas até a velhice.
3. Em hospitais, prédios de corporações e em outras construções importantes, oculta-se o número 4: Esse número se pronuncia "shi", e é o equivalente para morte. Japoneses tem uma superstição muito grande com isso, geralmente chamado de "tetrafobia", o medo do número quatro.
Onde está o quarto andar? |
4. Há três formas de reverência no Japão: O primeiro, Eshaku, é cordial, até que informal, inclina-se uns 15º. A segunda, Keirei, é para saudar amigos e familiares, inclina-se uns 45º. A terceira, Saikeirei, é para saudar pessoas superiores, como o Imperador, inclina-se uns 75º.
O presidente Barack Obama curvando-se ao Imperador. |
5. É falta de educação abrir um presente na frente de quem lhe deu: É uma questão de formalidade japonesa. O presenteado deve abri-lo quando estiver em sua própria casa.
6. Não há muito contato físico entre eles em público: Até mesmo um casal de namorados japoneses não costuma se beijar em público - isso é muito raro. As pessoas não se cumprimentam com abraços ou beijos no rosto como em outros países. Apenas um aperto de mão é mais que suficiente.
7. Em qualquer colégio japonês é usado uniforme, e ele é pago: Além disso, os japoneses são obrigados a fazer o ensino elementar (equivalente ao nosso fundamental) e o ensino médio (que... é, é o mesmo nome), começando os estudos com 6 anos e geralmente terminando com 15. A partir daí, há o ensino superior, que é opcional. São ensinadas mais de dez matérias, desde a língua japonesa e artes até música e educação moral.
8. As fontes termais são separadas por idade e sexo: Alguns japoneses não vem nada de polêmico/estranho/errado em ver outra pessoa nua na frente deles, mas sempre tem um safadinho.
9. A criminalidade no Japão é baixa: Quando acontece um caso criminoso, ele costuma ser brutal, como um estupro, ou um assassinato. Roubo é muito raro.
10. Nunca coloque as mãos no bolso em uma conversa com um japonês: É como se uma pessoa estivesse tentando falar com você enquanto você mexe no celular. Isso não irrita? Pois é. Colocar as mãos no bolso também irrita um japonês. Mostra desinteresse.
11. Algumas strippers japonesas vão colocando as roupas ao invés de tirá-las conforme a música toca: É engraçado, não é? Parece que não são só textos que são interpretados de trás para frente lá no Japão.
12. Hikikomori: Os Hikikomori, geralmente jovens, são pessoas que se isolam completamente da sociedade. Seja pelo vício na internet, ou por sofrerem muito bullying (o que é algo comum entre os jovens japoneses). O governo do Japão considera isso um risco à saúde pública, pois são tão pressionados no ambiente de estudos ou de trabalho que criam depressão e problemas psicológicos. Em casos extremos, pessoas com mais de trinta anos ainda moram com os pais por não quererem desapego e não possuem experiência profissional alguma. E o que acontece quando os pais morrem? Acho que você já sabe.
Assim é o quarto de um hikikomori quando ele esquece de fazer uma limpezinha... |
Até a próxima!
Animes/mangás que você PRECISA ver/ler
Neon Genesis Evangelion: Escolhi esse anime principalmente pelo cenário em que ele se passa. Um futuro pós-apocalíptico com robôs, onde a trama no começo se mostra tranquila, mas pouco a pouco vai se desenrolando em algo super envolvente. O personagem principal, Shinji, é convocado por uma organização chamada NERV para pilotar robôs chamados EVA, que devem lutar contra monstros chamados Anjos. E tem mais: a trama não foca só nisso. O protagonista e outros pilotos de EVAs lutam contra si mesmo, seus "demônios" interiores, fazendo com que o anime explore suas emoções.
Ghost in the Shell: O mangá, escrito por Masamune Shirow, tem um ambiente cyberpunk. A história passa no ano de 2029, e a revolução tecnológica permitiu que as pessoas fundissem seus cérebros à computação. Há uma organização chamada Comissão Nacional Japonesa de Segurança Pública, Seção 9, que é responsável por investigar crimes digitais e combatê-los. O mangá tem um lado filosófico e social também.
Akira: Outro do estilo cyberpunk. A história se passa em uma Tokyo reconstruída após a IIIª Guerra Mundial. Supostamente, essa guerra aconteceu por causa de poderes sobrenaturais de uma criança chamada Akira. Essa criança é descoberta por acaso, e a cidade é ameaçada de outro incidente. Tem uma trama muito envolvente, daquelas que te prendem e deixam ansioso pelo próximo episódio.
Death Note: Outro anime/mangá que não pode faltar na lista daqueles que adoram suspense e investigação policial. Um garoto chamado Yagami Raito acha um caderno perdido no chão, que caiu do mundo dos Shinigamis (deuses da morte) por descuido. Ele descobre, ao ler as regras contidas no caderno, que qualquer pessoa que o nome ele ali escreva morre. Desconfiado, hesita em tentar, mas depois é tentado. Viu que deu certo, e assim começou a "limpar" o Japão de criminosos. Isso atrai a atenção da Interpol, e aí começa uma trama que não deixa a desejar.
Yu Yu Hakusho: Considerado um dos melhores animes da história, narra a trama de Yusuke Urameshi, que morreu atropelado ao tentar salvar uma criança. Mas o Mundo dos Espíritos considerou que ele merecia viver de novo, vendo a boa ação. Mas para isso, uma das condições era que ele se tornasse um detetive espiritual, assim dedicando-se a combater demônios. A história tem lá suas partes de comédia, principalmente na dublagem brasileira, mas não peca na ação e na aventura.
Another: Eis um título perfeito para os amantes de mistério e de terror. Mas não é um terror que dá sustos toda hora, é um terror mais psicológico. Abordando muito o tema espiritual, conta a história de Sakakibara Kouichi, que estuda em uma sala onde, no passado, estudava uma menina que foi morta no colégio de forma inesperada e desconhecida, e seu nome era Misaki Yomiyama. Ela era tão adorada pela turma que desde sua morte ela agiu como se a garota estivesse viva. Entretanto, na foto da classe, a menina aparecia em forma de fantasma. O garoto não fica sabendo dessa história até encontrar uma certa pessoa no elevador do hospital em que estava internado dias antes de começar a frequentar as aulas: Misaki Mei. E ninguém daquela escola percebe sua presença ali, apenas Kouichi. É um anime muito surpreendente, chega a impressionar o espectador. Recomendo fortemente.
Deixei apenas seis aqui, mas é só para começar.
Nos vemos no próximo post, pessoal!
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Eventos de anime
Os eventos de anime surgiram um bom tempo depois que os animes e mangás fizeram sucesso no mundo, mais exatamente em 1999. Aqui no Brasil, teve-se o AnimeCon, na cidade de São Paulo, que reuniu mais de cinco mil pessoas, o que era um número muito bom para eventos daquele porte na época. Sua segunda edição aconteceu no ano seguinte, e esse teve uns dez ou quinze mil visitantes. Era um número louco, praticamente inimaginável. Não se sabia que existia tantos fãs de anime e mangá no país.
Em 2003, surgiu um evento que se tornaria não só o maior do Brasil, mas o maior da América Latina. Chama-se Anime Friends, que esse ano terá sua 14ª edição no meio do ano, como sempre foi. Antigamente, recebia de cinco a dez mil pessoas, assim como o paralelo AnimeCon, mas atualmente chega a receber quase duzentos mil visitantes.
Mas, hoje em dia, as coisas são diferentes. Os eventos de anime continuam divertindo? É claro que sim. Porém não se vê tanta inovação. São sempre as mesmas coisas, as mesmas atrações... Fica chato demais. Se você me perguntar se vale a pena ir em um evento de anime hoje, eu respondo que até vale se você nunca foi antes. Agora, se você sempre costumou frequentar, a minha resposta não será a mesma. Vai valer só pelo sentimento de nostalgia. Não espere algo novo. E se acontecer algo novo, é raro.
O que tem em um evento de anime, além de estandes? Quais são as atrações? Bem, geralmente há workshops, salas temáticas de algum filme ou anime, salas de videogame e o palco onde se realiza o concurso cosplay, o karaokê, as bandas que tocam ost's de anime e tokusatsus... Uma coisa bem divertida que acontece em eventos é a batalha campal, onde você luta com espadas ou machados de espuma. Pode machucar às vezes, mesmo sendo de um material como esse, mas é uma sensação incrível. É como se você estivesse em uma luta real.
Tem também as famigeradas plaquinhas, que até um bom tempo atrás não existiam (e deveriam continuar não existindo). As pessoas escrevem nelas o que bem querem e mostram para o pessoal. Algumas coisas são engraçadas, outras um tanto apelativas ou sem graça. Outros pedem abraços e beijos (sim, beijos) grátis, uns cobram por apertão na bunda, tem até menina que cobra R$1,00 para deixar a pessoa ver o seio dela. Eu gostaria que fosse mentira, mas não é. Em contrapartida, há aqueles que desenham um Pikachu na plaquinha, outros que escrevem em japonês, enfim... A criatividade das pessoas vai longe.
Algumas pessoas, quase todas, reclamam da infra-estrutura dos eventos. O lugar (geralmente uma escola ou universidade) é pequeno demais, o lugar fica em um ponto quase invisível no mapa, o lugar é grande demais, etc. Também há o preço dos alimentos, que não é barato. Você gasta R$10,00 em algo que normalmente gastaria a metade. Como se já não bastasse o preço dos ingressos, que ano após ano aumenta R$5,00 ao que parece. O Anime Friends, que antigamente era menos de R$20,00, está com quase o dobro do preço. Camisetas, acessórios cosplay e DVDs de anime/j-rock/k-pop também são um pouco mais caros do que nas lojas originais.
O resto? Só conferindo. Mas lhe aconselho: vá com amigos. Ou arranje amigos por lá, o que não é tão difícil. Se você não se divertir, pelo menos você tem companhia para tentar se divertir. Guarde um bom dinheiro, pois as coisas lá não são baratas, como eu disse acima, e gaste-o com prudência. Tem muitas coisas tentadoras em um evento de anime, acredite.
Até a próxima!
AnimeCon em sua segunda edição, em 2000 |
Em 2003, surgiu um evento que se tornaria não só o maior do Brasil, mas o maior da América Latina. Chama-se Anime Friends, que esse ano terá sua 14ª edição no meio do ano, como sempre foi. Antigamente, recebia de cinco a dez mil pessoas, assim como o paralelo AnimeCon, mas atualmente chega a receber quase duzentos mil visitantes.
Mangás e comics expostas no Anime Summer (eu estava lá, aliás) |
Mas, hoje em dia, as coisas são diferentes. Os eventos de anime continuam divertindo? É claro que sim. Porém não se vê tanta inovação. São sempre as mesmas coisas, as mesmas atrações... Fica chato demais. Se você me perguntar se vale a pena ir em um evento de anime hoje, eu respondo que até vale se você nunca foi antes. Agora, se você sempre costumou frequentar, a minha resposta não será a mesma. Vai valer só pelo sentimento de nostalgia. Não espere algo novo. E se acontecer algo novo, é raro.
O que tem em um evento de anime, além de estandes? Quais são as atrações? Bem, geralmente há workshops, salas temáticas de algum filme ou anime, salas de videogame e o palco onde se realiza o concurso cosplay, o karaokê, as bandas que tocam ost's de anime e tokusatsus... Uma coisa bem divertida que acontece em eventos é a batalha campal, onde você luta com espadas ou machados de espuma. Pode machucar às vezes, mesmo sendo de um material como esse, mas é uma sensação incrível. É como se você estivesse em uma luta real.
A batalha campal |
Tem também as famigeradas plaquinhas, que até um bom tempo atrás não existiam (e deveriam continuar não existindo). As pessoas escrevem nelas o que bem querem e mostram para o pessoal. Algumas coisas são engraçadas, outras um tanto apelativas ou sem graça. Outros pedem abraços e beijos (sim, beijos) grátis, uns cobram por apertão na bunda, tem até menina que cobra R$1,00 para deixar a pessoa ver o seio dela. Eu gostaria que fosse mentira, mas não é. Em contrapartida, há aqueles que desenham um Pikachu na plaquinha, outros que escrevem em japonês, enfim... A criatividade das pessoas vai longe.
Exemplo de plaquinha inteligente, onde cada pessoa que a vê escolhe um dos personagens |
Exemplo de plaquinha nas mãos erradas |
O resto? Só conferindo. Mas lhe aconselho: vá com amigos. Ou arranje amigos por lá, o que não é tão difícil. Se você não se divertir, pelo menos você tem companhia para tentar se divertir. Guarde um bom dinheiro, pois as coisas lá não são baratas, como eu disse acima, e gaste-o com prudência. Tem muitas coisas tentadoras em um evento de anime, acredite.
Até a próxima!
Cosplays
O nome cosplay é uma junção de duas palavras: costume (fantasia) e play (interpretar, jogar, brincar, etc). Fazer cosplay é se vestir de seu personagem favorito, seja ele de anime, filme, seriado, game... É algo muito divertido e que esbanja criatividade. Em eventos de games, de animes e em convenções de determinado assunto, você vê muitos cosplayers tirando fotos e fazendo poses. Alguns levam muito a sério isso, chegando a participar de campeonatos nacionais e internacionais, tendo como prêmio milhares de reais ou dólares.
Os maiores eventos de anime do Brasil (tal como o Anime Dreams e o Anime Friends) costumam receber quase mil cosplayers, e parte deles participam dos concursos, onde interpretam alguma cena do personagem individual ou em dupla, ou apenas posa para tirar fotos.
Os cosplayers profissionais chegam a gastar muito dinheiro com suas fantasias, principalmente quando querem fazer vários personagens diferentes. O menor gasto possível fica em torno dos R$200,00, enquanto um bem mais trabalhado chega a ser até R$800,00. Há também os que trabalham com cosplay, costurando roupas e montando peças. Ganham um bom dinheiro, dependendo da demanda.
Os maiores eventos de anime do Brasil (tal como o Anime Dreams e o Anime Friends) costumam receber quase mil cosplayers, e parte deles participam dos concursos, onde interpretam alguma cena do personagem individual ou em dupla, ou apenas posa para tirar fotos.
Cosplay da personagem Wendy, do anime Full Metal Alchemist |
Os cosplayers profissionais chegam a gastar muito dinheiro com suas fantasias, principalmente quando querem fazer vários personagens diferentes. O menor gasto possível fica em torno dos R$200,00, enquanto um bem mais trabalhado chega a ser até R$800,00. Há também os que trabalham com cosplay, costurando roupas e montando peças. Ganham um bom dinheiro, dependendo da demanda.
No Japão, se vê cosplays também, mas mais em eventos do que normalmente. Até porque seria um tanto quanto estranho todo mundo fantasiado do seu personagem favorito para ir à padaria, por exemplo. Aqui no Brasil, é algo que vem crescendo dia após dia, e preciso falar que tenho uma enorme vontade de fazer cosplay. Entretanto, no momento há certas coisas que me impedem...
Cosplay do Batman na Comic-con 2012 |
A única regra do cosplay é se divertir. Muitas pessoas deixam de fazer cosplay de determinado personagem por não se parecer muito com ele, ou por ser gordo ou magro demais. Acredito que não há necessidade disso, e o mal julgamento das outras pessoas de nada vale. Pois todos nós iremos para de baixo da terra do mesmo jeito, não é mesmo?
Até!
Animes e Mangás: No Japão e no Brasil
Os animes têm sua origem em meados do fim da IIª Guerra Mundial, onde os japoneses tiveram forte contato com o ocidente. Desenhistas se sentiram muito influenciados pela cultura pop norte-americana e acabaram por conhecer as HQs e animações da época. Daí, surgiram grandes nomes, e dentre eles, um jovem chamado Osamu Tezuka, a mente brilhante por trás de Astroboy e Ribon no Kishi. Nesses e noutros mangás de vários desenhistas japoneses, percebia-se o que perdurou até hoje: características ocidentais, tais como olhos grandes e cabelos espetados. A partir dos quadrinhos japoneses, vieram os animes.
Traços contemporâneos de mangá |
Já os mangás datam de muito antigamente, provavelmente do período Nara (século VIII d.C), onde havia os chamados emakimono, que retratavam desenhos em rolos, e conforme desenrolados, narravam uma história, com textos. Mais para frente, no século XVIII, num período chamado Edo, onde o Japão foi governado pela família Tokugawa, os rolos foram substituídos por livros, onde essencialmente ilustravam romances e poesias por meio de textos. Pouco tempo depois, surgiram os livros de imagens, onde os artistas desenhavam cenários e caricaturas. Aí temos o que chamamos de "mangá".
Atualmente, os mangás têm uma forma muito inspirada na arte ocidental, diferente daquela época. Foi graças ao encontro dos orientais com a nossa cultura que temos os mangás como vemos hoje: traços fortes, expressões diversas, onomatopeias...Eles são lidos de trás para frente, além de serem impressos em páginas preto-e-branco, pois isso barateia muito o custo, tornando-os acessíveis. Originalmente, são publicados em revistas, como a famosa Shounen Jump, responsável por títulos como Dragon Ball e YuYu Hakusho, até hoje publicando histórias de diversos autores. Quando um mangaka não quer se filiar a uma grande empresa (como a Shueisha), ele acaba publicando independentemente uma obra, e tal é chamada de Doujinshi.
Um emakimono |
Atualmente, os mangás têm uma forma muito inspirada na arte ocidental, diferente daquela época. Foi graças ao encontro dos orientais com a nossa cultura que temos os mangás como vemos hoje: traços fortes, expressões diversas, onomatopeias...Eles são lidos de trás para frente, além de serem impressos em páginas preto-e-branco, pois isso barateia muito o custo, tornando-os acessíveis. Originalmente, são publicados em revistas, como a famosa Shounen Jump, responsável por títulos como Dragon Ball e YuYu Hakusho, até hoje publicando histórias de diversos autores. Quando um mangaka não quer se filiar a uma grande empresa (como a Shueisha), ele acaba publicando independentemente uma obra, e tal é chamada de Doujinshi.
No Brasil, os animes e mangás fizeram sucesso quase na mesma época que o Japão. A extinta Rede Manchete, por exemplo, nos anos 80-90, comprava os episódios originais de Cavaleiros do Zodíaco e dublava para nosso idioma, enquanto no Japão o desenho acompanhava o mangá. Na década de 1970, foi publicado Speed Racer. E mais para frente, foram publicados, pela Editora Abril, títulos como Akira e A Lenda de Kamui. Anos depois, em meados de 2000, mangás como Ranma 1/2, Samurai X, Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z lotaram as bancas graças às editoras JBC e Conrad. Tratando-se de animes, a Rede Manchete foi a única emissora que transmitia animes como YuYu Hakusho e o já citado CDZ. Depois os animes passaram a ser exibidos em outros canais, como Bandeirantes, RedeTV!, SBT e Rede Globo. Infelizmente, tais canais não passam tanto anime como antigamente, talvez nem os mesmos, mas você pode encontrá-los na internet. (santa tecnologia, Batman!)
Cena do anime Hunter x Hunter |
Por último, uma informação importante: Anime vem do inglês animation, ou do francês animée. Logo, anime é a mesma coisa que desenho animado, por mais que algumas pessoas insistam de pés juntos que há diferença. Para os japoneses, inclusive, não há diferença. Desenhos da Disney eles chamam de anime, assim como as animações produzidas lá. Os desenhos animados japoneses receberam muitas influências dos cartoons norte-americanos, como foi o caso do mangá com as HQs. Aliás, mangá e HQ é a mesma coisa também, logicamente.
Até a próxima!
Os otakus
E aí, galera!
Tudo certo? Esse é o blog Otaku no Uchuu, onde será abordado temas da cultura otaku e japonesa em geral. Digo desde já que eu não sou um otaku, mas já fui um. E esse blog não será mais um daqueles que só sabem falar de Naruto ou outro anime super famosinho, nem sobre alguém cujo sonho é morar no Japão sem ao menos conhecer o país, pensando que ao chegar lá será recebido por um cara vestido de Pikachu. Não. Esse será um blog otaku de verdade. Uma das minhas intenções com esse blog é tentar acabar com o preconceito chato que as pessoas têm com os otakus por causa de um ou outro alienado que suja a imagem dos que realmente gostam de animes, mangás e etc. Também quero falar sobre a cultura japonesa, a culinária, curiosidades, enfim... Tudo o que eu puder falar sobre. Dado esse aviso, dou as boas-vindas à você, e espero que se divirta! E já deixo aqui um jabá: se você gosta de escrever, eu tenho um blog voltado à escritores de romance, com várias dicas, que você pode conferir aqui. Ainda está no comecinho, mas tem muita coisa legal vindo por aí. Agora, vamos para o que interessa.
O que é um Otaku? No Japão, a palavra otaku pode servir para designar qualquer pessoa que tenha um interesse mórbido por alguma coisa, não necessariamente animes e mangás. Mas no Brasil, um otaku é aquela pessoa que ama animes, mangás e a cultura japonesa em si. Vale a pena falar que o termo é unissex, vale tanto para homem quanto para mulher. Alguns chamam as garotas otaku de otome, como se essa fosse a conotação feminina, mas não é. Otome (乙女) é uma palavra japonesa que significa donzela. Voltando ao assunto... Infelizmente, otakus não são bem vistos no Japão. Originalmente, "otaku" é um tratamento respeitoso na segunda pessoa, mas quando pegamos essa palavra isolada, como um adjetivo, voltamos a mais ou menos a década de 1990, onde um cronista chamado Shibahara Ansaku (de nome artístico Nakamori Akio) escreveu um livro, e nele um assassino em série era obcecado por animes e mangás de teor pornográfico (os chamados hentai), e inspirado por eles estuprava garotas colegiais. O que assusta mesmo é que a história foi inspirada em um assassino real chamado Miyazaki Tsutomo. E aí, o livro ganhou fama e claro, polêmica. A partir daí o termo otaku virou um pejorativo. Mas relaxem, queridos leitores. Os otakus são pessoas boazinhas, ok? Mesmo alguns no Japão sendo malucos.
Otakus costumam se encontrar em eventos de anime, e quando não, em encontros otaku realizados por algum grupo. São responsáveis por um mercado de mais de US$200 milhões só no ocidente em mangás, enquanto os animes ocupam cerca de um bilhão de dólares, representados por mais de quatrocentos estúdios. Estima-se que quase 50% de tudo o que é impresso no Japão é composto por mangás.
Legal, não é?
Mas não é só isso, pessoal. Tem mais coisas ainda, mas essas ficam para os próximos posts.
Até!
Tudo certo? Esse é o blog Otaku no Uchuu, onde será abordado temas da cultura otaku e japonesa em geral. Digo desde já que eu não sou um otaku, mas já fui um. E esse blog não será mais um daqueles que só sabem falar de Naruto ou outro anime super famosinho, nem sobre alguém cujo sonho é morar no Japão sem ao menos conhecer o país, pensando que ao chegar lá será recebido por um cara vestido de Pikachu. Não. Esse será um blog otaku de verdade. Uma das minhas intenções com esse blog é tentar acabar com o preconceito chato que as pessoas têm com os otakus por causa de um ou outro alienado que suja a imagem dos que realmente gostam de animes, mangás e etc. Também quero falar sobre a cultura japonesa, a culinária, curiosidades, enfim... Tudo o que eu puder falar sobre. Dado esse aviso, dou as boas-vindas à você, e espero que se divirta! E já deixo aqui um jabá: se você gosta de escrever, eu tenho um blog voltado à escritores de romance, com várias dicas, que você pode conferir aqui. Ainda está no comecinho, mas tem muita coisa legal vindo por aí. Agora, vamos para o que interessa.
O que é um Otaku? No Japão, a palavra otaku pode servir para designar qualquer pessoa que tenha um interesse mórbido por alguma coisa, não necessariamente animes e mangás. Mas no Brasil, um otaku é aquela pessoa que ama animes, mangás e a cultura japonesa em si. Vale a pena falar que o termo é unissex, vale tanto para homem quanto para mulher. Alguns chamam as garotas otaku de otome, como se essa fosse a conotação feminina, mas não é. Otome (乙女) é uma palavra japonesa que significa donzela. Voltando ao assunto... Infelizmente, otakus não são bem vistos no Japão. Originalmente, "otaku" é um tratamento respeitoso na segunda pessoa, mas quando pegamos essa palavra isolada, como um adjetivo, voltamos a mais ou menos a década de 1990, onde um cronista chamado Shibahara Ansaku (de nome artístico Nakamori Akio) escreveu um livro, e nele um assassino em série era obcecado por animes e mangás de teor pornográfico (os chamados hentai), e inspirado por eles estuprava garotas colegiais. O que assusta mesmo é que a história foi inspirada em um assassino real chamado Miyazaki Tsutomo. E aí, o livro ganhou fama e claro, polêmica. A partir daí o termo otaku virou um pejorativo. Mas relaxem, queridos leitores. Os otakus são pessoas boazinhas, ok? Mesmo alguns no Japão sendo malucos.
Otakus costumam se encontrar em eventos de anime, e quando não, em encontros otaku realizados por algum grupo. São responsáveis por um mercado de mais de US$200 milhões só no ocidente em mangás, enquanto os animes ocupam cerca de um bilhão de dólares, representados por mais de quatrocentos estúdios. Estima-se que quase 50% de tudo o que é impresso no Japão é composto por mangás.
Uma coleção de mangás |
Legal, não é?
Mas não é só isso, pessoal. Tem mais coisas ainda, mas essas ficam para os próximos posts.
Até!
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