sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Animes e Mangás: No Japão e no Brasil

Os animes têm sua origem em meados do fim da IIª Guerra Mundial, onde os japoneses tiveram forte contato com o ocidente. Desenhistas se sentiram muito influenciados pela cultura pop norte-americana e acabaram por conhecer as HQs e animações da época. Daí, surgiram grandes nomes, e dentre eles, um jovem chamado Osamu Tezuka, a mente brilhante por trás de Astroboy e Ribon no Kishi. Nesses e noutros mangás de vários desenhistas japoneses, percebia-se o que perdurou até hoje: características ocidentais, tais como olhos grandes e cabelos espetados. A partir dos quadrinhos japoneses, vieram os animes.

Traços contemporâneos de mangá 

Já os mangás datam de muito antigamente, provavelmente do período Nara (século VIII d.C), onde havia os chamados emakimono, que retratavam desenhos em rolos, e conforme desenrolados, narravam uma história, com textos. Mais para frente, no século XVIII, num período chamado Edo, onde o Japão foi governado pela família Tokugawa, os rolos foram substituídos por livros, onde essencialmente ilustravam romances e poesias por meio de textos. Pouco tempo depois, surgiram os livros de imagens, onde os artistas desenhavam cenários e caricaturas. Aí temos o que chamamos de "mangá".

Um emakimono

Atualmente, os mangás têm uma forma muito inspirada na arte ocidental, diferente daquela época. Foi graças ao encontro dos orientais com a nossa cultura que temos os mangás como vemos hoje: traços fortes, expressões diversas, onomatopeias...Eles são lidos de trás para frente, além de serem impressos em páginas preto-e-branco, pois isso barateia muito o custo, tornando-os acessíveis. Originalmente, são publicados em revistas, como a famosa Shounen Jump, responsável por títulos como Dragon Ball e YuYu Hakusho, até hoje publicando histórias de diversos autores. Quando um mangaka não quer se filiar a uma grande empresa (como a Shueisha), ele acaba publicando independentemente uma obra, e tal é chamada de Doujinshi.


Revistas da Shounen Jump
No Brasil, os animes e mangás fizeram sucesso quase na mesma época que o Japão. A extinta Rede Manchete, por exemplo, nos anos 80-90, comprava os episódios originais de Cavaleiros do Zodíaco e dublava para nosso idioma, enquanto no Japão o desenho acompanhava o mangá. Na década de 1970, foi publicado Speed Racer. E mais para frente, foram publicados, pela Editora Abril, títulos como Akira e A Lenda de Kamui. Anos depois, em meados de 2000, mangás como Ranma 1/2, Samurai X, Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball Z lotaram as bancas graças às editoras JBC e Conrad. Tratando-se de animes, a Rede Manchete foi a única emissora que transmitia animes como YuYu Hakusho e o já citado CDZ. Depois os animes passaram a ser exibidos em outros canais, como Bandeirantes, RedeTV!, SBT e Rede Globo. Infelizmente, tais canais não passam tanto anime como antigamente, talvez nem os mesmos, mas você pode encontrá-los na internet. (santa tecnologia, Batman!)

Cena do anime Hunter x Hunter

Por último, uma informação importante: Anime vem do inglês animation, ou do francês animée. Logo, anime é a mesma coisa que desenho animado, por mais que algumas pessoas insistam de pés juntos que há diferença. Para os japoneses, inclusive, não há diferença. Desenhos da Disney eles chamam de anime, assim como as animações produzidas lá. Os desenhos animados japoneses receberam muitas influências dos cartoons norte-americanos, como foi o caso do mangá com as HQs. Aliás, mangá e HQ é a mesma coisa também, logicamente.

Até a próxima!



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